quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

DIA DOS DIREITOS HUMANOS

No dia internacional dos Direitos Humanos, Ban ki-moon destacou em mensagem que a discriminação visa indivíduos e grupos vulneráveis que são alvos fáceis de ataques: deficientes, mulheres e meninas, pobres, migrantes, minorias e todos os que são considerados diferentes.

Mensagem do Secretário Geral das Nações Unidas para o Dia dos Direitos Humanos

"No country is free of discrimination. We see it everywhere, in many forms: old and new, covert and blatant, public and private. It may appear as institutionalized racism, as ethnic strife, as episodes of intolerance and rejection, or as an official national version of history that denies the identity of others.
Discrimination targets individuals and groups that are vulnerable to attack: the disabled, women and girls, the poor, migrants, minorities, and all those who are perceived as different.
These vulnerable people are frequently excluded from participating in the economic, political, cultural and social lives of their communities. The bigotry that stigmatizes and excludes them can be exploited by extremists. In some countries, we are witnessing the rise of a new politics of xenophobia.
But these victims of discrimination are not alone. The United Nations is standing with them, committed to defending the rights of all, and particularly the most vulnerable. That is our identity and our mission.
The international human rights community continues to counter bias and hatred. Public awareness has led to global treaties offering legal protection from discrimination and unequal treatment.
But abstract commitments are not enough. We must continue to confront inequality and intolerance wherever they are found.On Human Rights Day, I invite people everywhere, at all levels, to join the United Nations and human rights defenders around the world in the fight against discrimination."

Ban Ki-moon


quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

DIA INTERNACIONAL CONTRA A CORRUPÇÃO

Celebra-se hoje o Dia Internacional Contra a Corrupção, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, na Resolução 58/4, de 31 de Outubro de 2003.

Esta convenção contra a corrupção foi aprovada pela Resolução da Assembleia da República Nº47/2007, publicada no Diário da República 1ª série nº183, de 21 se Setembro, através do Decreto do Presidente da República nº97/2007, de 21 de Setembro.

O objectivo desta celebração é assinalar a importância do combate â corrupção, sensiblizando a opinião pública para a gravidade do fenómeno e alertando para a necessidade de o prevenir e combater.

De referir que, de acordo com um inquérito divulgado hoje pela Comissão Europeia, 9 em cada 10 portugueses consideram a corrupção um grande problema nacional e a maioria aponta o dedo à classe politica, como sendo aquela em que o fenómeno está mais enraízado.

sábado, 1 de agosto de 2009

Lembram-se ? Vai fazer 4 anos no próximo dia 24 de Setembro 2009...

Vai fazer precisamente quatro anos, no próximo dia 24 de Setembro de 2009. Os Presidentes da Câmara Municipal e da Assembleia Municipal de Lisboa e o Presidente da Direcção da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro (CTMAD), em cerimónia pública lançavam em Belém a primeira pedra da Nova Sede da CTMAD. No dia 26 de Setembro de 2005, o sítio da Câmara Municipal de Lisboa na internet publicava a notícia, com fotografias:

Lançamento da primeira pedra da nova sede da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro


A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro vai ter uma nova sede. No dia 24 de Setembro, o presidente da autarquia, António Carmona Rodrigues, lançou a primeira pedra da nova sede da Casa de Trás-os-Montes.

A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro vai ter uma nova sede. No dia 24 de Setembro, o presidente da autarquia, António Carmona Rodrigues, lançou a primeira pedra da nova sede da Casa de Trás-os-Montes. Presentes na cerimónia estiveram, também, o presidente da Assembleia Municipal de Lisboa, António Modesto Navarro, o presidente da direcção da Casa Trás-os-Montes e Alto Douro, Nuno Augusto Aires, e o vereador Fontão de Carvalho, bem como outros representantes da Casa Trás-os-Montes.
  

A nova sede vai ser construída num terreno cedido pela autarquia, com uma área de cerca de quatro mil metros quadrados, situado na Avenida da Índia, em Belém. O projecto desenhado por um arquitecto transmontano, pretende reproduzir, no interior, as características da arquitectura daquela região do país, com a utilização de xisto e granito.
  
  
Na cerimónia, Nuno Aires, agradeceu publicamente ao presidente da autarquia e a todos os arquitectos da Câmara Municipal de Lisboa que tornaram possível a concretização deste projecto esperado e desejado há muito pela Casa de Trás-os-Montes. Nuno Aires fez um desafio a Carmona Rodrigues “que no seu futuro mandato que tenho como certo, a gente faça a inauguração desta Casa juntos”.

Carmona Rodrigues na ocasião, salientou o enorme simbolismo que é aquele local junto à Torre de Belém “donde partiram muitos antepassados, muitos portugueses e muitos transmontanos que levaram mais alto o bom nome do nosso país, da nossa cultura, da nossa lusofonia por todo o mundo pelas boas razões. Os transmontanos estão em todo o lado e aqui é a capital da lusofonia, é a capital de Portugal, é aqui que Trás-os-Montes fica muito bem representado”.

Recorde-se que Carmona Rodrigues, no dia 14 de Janeiro deste ano, durante a cerimónia que deu oficialmente início às comemorações do centenário da Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro, no Palácio das Galveias, reafirmou a sua intenção em tentar cumprir o desafio lançado pelo presidente da Casa de Trás-os-Montes, Nuno Aires, de lançar a primeira pedra da nova sede no dia 24 de Setembro. O que prometeu naquele dia é agora cumprido.

O pedido à Câmara de um terreno para a nova sede deve-se ao facto de as actuais instalações da Casa, no 3º andar de um prédio no Campo Pequeno, serem demasiado pequenas para poder desenvolver as suas actividades. O projecto, orçado em 2,5 milhões de euros, contempla a construção de um auditório, um restaurante, uma sala polivalente, uma sala de música e de ginástica, sala de reuniões, biblioteca, parque de estacionamento, gabinetes de representação de empresários e cooperativas da região, entre outros equipamentos. O objectivo é dotar a nova sede de um espaço que constitua simultaneamente um equipamento social e um espaço de convívio, não só dos transmontanos, mas também de toda a população residente na zona envolvente.

A Casa de Trás-os-Montes e Alto Douro foi fundada em Setembro de 1905 e é a mais antiga casa regional com sede em Lisboa. Na altura chamava-se Clube Transmontano, tendo a actual designação surgido apenas em 1940. Desde 1990 é reconhecida como Pessoa Colectiva de Utilidade Pública.

[2005-09-26]

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ALMOÇO N'OS COURENSES

O Avelino organizou e convocou. Hoje estivemos 12 n'Os Courenses. Cavaco, Joaquim Lopes, Samartinho, Benjamin (Ben), João Lopes, Rui Garcia, Fialho, Pirralha, António Teixeira (Toino), Laranjeiro, Mesquita e eu. Alguns de nós já não nos víamos há anos !

Por tudo isso, os que pudermos vamos almoçar já na próxima quarta feira (27 de Maio 2009) no restaurante Nortenho, em Sete Rios.
O Ben convocou um encontro para a quinta dele na Barragem da Marateca, na saída da A23 para a Lardosa.

segunda-feira, 30 de março de 2009

Quem quer o fim das empreitadas de obras públicas ?

Algumas "mentes brilhantes" pretendem, invocando em vão o recém-aparecido Código da Contratação Pública (CCP), reduzir as empreitadas de obras públicas a meras prestações de serviços e pagamentos contra factura nos termos do Código Comercial.

A táctica é simples: começa-se por considerar prestacoes de serviços as contratações de valor não superior a x.000 € e, depois, com o "andar da carruagem", logo se avançará para um limite superior, a pretexto, claro está, do tal "simplex". Só que esta filosofia inovadora tem riscos que as "mentes simplex", aliviadas de alguma massa cinzenta não previram. E esses riscos têm a ver com os conceitos e com os princípios e não com os números. E uma contratação que, à primeira vista se pretende barata, pode saír caríssima. Como vamos ver.

Quanto ao conceito, basta conhecer o Decreto-Lei nº12/2004, de 9-1 e o Código Civil e aplicá-los aos organismos públicos - que ainda são território nacional.

Aprenderam os profissionais de engenharia e de arquitectura, cujos diplomas não lhes saíram na "farinha Amparo" e têm carteira profissional da respectiva orgganização de classe, que, tal como diz o artigo 3º do Decreto-Lei nº12/2004, de 9-1, uma obra é todo o trabalho de construção, reconstrução, restauro, reparo, conservação, ou adaptação e demolição de bens imóveis. As obras são públicas ou privadas consoante a entidade promotora é pública ou privada.

E, a forma de contrato pelo qual uma parte se obriga em relação a outra a realizar certa obra, mediante um preço chama-se empreitada, diz o Código Civil no seu artigo 1207º, e não diz, claro está, que o conceito de empreitada é função do valor do contrato, como essas "mentes brilhantes" pretenderiam.

É que o que está em causa é a natureza dos trabalhos objecto da contratação, que um trabalho de estruturas, de fundações, de demolição, de construção civil, ou de instalações especiais eléctricas, não deixa de ser, por si só ou em conjunto com outros, uma obra.

E uma obra implica necessáriamente a aplicação de processos construtivos, o cumprimento de normas, regras e regulamentos, enfim de legislação específica e a realização de objectivos técnicos, tendo em vista optimizar cinco factores de gestão:
a) a qualidade da obra;
b) a segurança, higiene e saúde no trabalho (SHST);
c) o impacte ambiental;
d) o custo da obra;
e) o prazo de execução.

Numa empreitada ou contrato de obra, a entidade adjudicatária tem obrigatóriamente que estar inscrita no Instituto da Construção e do Imobiliário, I.P. (INCI) e de ser detentora de título de registo ou de alvará, nos termos do Decreto-Lei nº12/2004, de 9-1, sujeitando-se, em caso de incumprimento, às cominações previstas no mesmo diploma, que vão desde pesadas coimas a eventuais participações criminais.

Uma obra implica o fornecimento de materiais e/ou equipamentos e a utilização de mão de obra e de máquinas e ferramentas adequadas aos processos construtivos, durante o prazo de execução da obra, durante o qual o dono de obra tem o direito de fiscalizar os trabalhos.

Acresce que uma empreitada tem prazo de garantia - normalmente de 5 anos -, ou seja um período de tempo para além do prazo de execução e a iniciar-se a seguir a este, durante o qual a entidade adjudicatária é obrigada e efectuar todas as reparações e rectificar deficiências de execução dos trabalhos que lhe sejam imputáveis. Realça-se, que numa empreitada há normalmente depósitos ou garantias bancárias correspondente a 10% do valor do contrato e que servem de caução em caso de incumprimento.

Ora, um contrato de prestação de serviço - consigna o artigo 1154º do Código Civil - é aquele em que uma das partes se obriga a proporcionar a outra certo resultado do seu trabalho intelectual ou manual, com ou sem retribuição. E, como se vê, uma empreitada é bem mais que isso.

Para além da questão de direito - que já não e' pouco - e do eventual exercicio clandestino de uma actividade regulamentada por lei, imaginem os problemas que podem surgir se "simplificarmos" e contratarmos uma obra como prestação de serviços ou um pagamento contra factura (de acordo com o Código Comercial). Como vamos gerir em condições ambientalmente correctas, com adequado nível de qualidade e de segurança e saúde no trabalho, no prazo previsto e minimizando o custo ? E que garantias de boa execução técnica tem a entidade adjudicante, se a entidade adjudicatária não tiver alvará ou título de registo do INCI e, para além disso, não houver caução durante o prazo de garantia ?

Simplificar uma contratação, transformando uma empreitada em prestação de serviços, pode originar sucessivas demolições e reconstruções, não cobertas por garantia bancária ou garantia mínima de boa execução técnica (a inscrição no INCI).

É que, como dizem as Leis de Murphy, atrás de um pequeno problema podem surgir vários grandes problemas.

Começamos, agora, a entender porque é que vai havendo cada vez menos obras públicas e a razão por que deixou de existir um organismo - como a DGEMN - que tratava de obras públicas em edifícios. É que as empreitadas precisam de verdadeiros engenheiros e arquitectos (na acepção legal do termo) e da implementação de sistemas de gestão, cujo entendimento não está ao alcance de licenciados em ciencias sociais e políticas, em direito, em história, em animação cultural, antropologia, etc,, que é a formação de alguns dirigentes da Administração Pública que se ocupam das obras.

Esta situação, associada a medidas como as escolhas por "compadrio" das chefias e a diminuição de carreiras na função pública, são um verdadeiro retrocesso que não deixará ter sérias repercussões no desenvolvimento económico-social do País. É que o "deficit" financeiro tem causas objectivas, determinadas por políticas incompetentes, que devem ser banidas definitivamente, sob pena de se pôr em risco a sobrevivência da Nação.